Abrindo a caxinha de pandora....

Minha visão do mundo é muito ampla e eu sou muuuito desorganizada rs.
Então em um só blog, vou abordar tudo o que penso... pois nada é lixo, tudo pode ser no mínimo reciclável e discutível.
Fiquem a vontade :*

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A menina e a rosa azul



De todas as rosas ela quis a mais difícil de encontrar. A rara, descoberta após ouvir lendas sobre. A que diziam que só poderia encontrar no topo do penhasco mais alto.

Não que tivesse em volta dela, pois bem, havia as mais belas e perfumadas flores... Mas ao ouvir a história de uma rosa azul, teve a certeza que só seria feliz se pudesse tê-la.

- Menina pretensiosa, vai se machucar ser for até lá ! – Avisou o vento.

- De que me adianta me contentar com o que tenho a minha volta se não é isso que me faz feliz ?


- Menina tola, se perderá nos seus sonhos, pois a realidade lhe trará muita dor... – Avisou o vento conselheiro.


De nada adiantou, deixou para trás a casa para seguir o caminho incerto de seus desejos. Andou durante dias pacientemente a longa estrada, e nela temeu estar errada de suas escolhas. Mas sempre que o medo a tentava dominar, fechava os olhos com força e só podia ver sua amada rosa.

Em seu caminho, encontrou as mais diferentes formas de flores, certamente eram deslumbrantes como diamantes. Tinham todos os perfumes, cores e formas, mas não eram tão apaixonantes quanto o que procurava.

Já era noite quando, exausta, atravessou o último obstáculo daquele imenso penhasco, e viu sua perfeita rosa azul, naquele momento seu coração bateu mais forte do que nunca. As borboletas seduzidas pelo seu doce perfume voavam em círculos como se não pudessem tocá-la. Era tão bonita quanto diziam que era.


Como se suas forças voltassem na mesma intensidade de seu sorriso que cortou a expressão carregada que trazia durante os últimos dias, correu em direção a rosa e se ajoelhou diante dela.
Estava pronta para colocá-la dentro da cesta que trazia consigo, mas algo não estava certo, uma dor muito forte a acertou no peito: Se arrancasse a rosa em dias morreria, e talvez murcharia antes que o sol nascesse.


Amava a rosa que não poderia ter...

Para a surpresa do vento que a observava e congelava sua pele delicada, ela voltou a sorrir, deitou-se do lado da rosa e não se atreveu desviar o olhar dela. As borboletas tinham razão, ela era intocável. Decidiu, então que adormeceria ao lado do ser mais belo que seus olhos já viram. E que jamais acordaria.

Um comentário: